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UNIÃO E PAUTAS SETORIAIS ARTICULADAS

A quarta edição do HDOM Summit reuniu mais uma vez em São Paulo os principais tomadores de decisão do setor florestal brasileiro

Com mais de sete horas de conteúdo, intervalos para networking e premiação dos destaques no setor florestal brasileiro em 2023, encerrou nesta quinta-feira (09), em São Paulo, a IV edição do HDOM Summit, encontro de lideranças, gestores e investidores do segmento de florestas cultivadas. Tomadores de decisão das principais empresas de base florestal e, também, de fornecedoras de máquinas, implementos e insumos para a produção de madeira de árvores plantadas foram grande maioria dos 280 participantes no Milenium Centro de Convenções, na capital paulista.


O evento aconteceu durante dois dias, 08 e 09 de novembro, com quatro mesas redondas e duas palestras especiais. Ao todo, reuniu 19 profissionais para apresentarem conteúdo e debaterem sobre assuntos relacionados a economia, mercado, matéria-prima, mão de obra, bioenergia e outros temas relacionados ao cultivo de árvores para produção industrial.

O engenheiro florestal e CEO da Malinovski (empresa organizadora do evento), Ricardo Malinovski, comemorou o sucesso de mais uma edição. Segundo ele, foi criado um ambiente propício para a discussão e busca por soluções aos desafios que o setor enfrenta. “O recado que nos foi passado é de que o setor florestal perdeu competitividade. A perda de produtividade em decorrência de mudanças climáticas e pragas e doenças que o setor ainda não conseguiu superar, aliada ao aumento dos custos operacionais estão impactando na competitividade do setor, como um todo. Isto está impondo desafios às empresas de base e as soluções precisam ser desenvolvidas de forma colaborativa, protagonizado por estas empresas e fornecedores de toda a cadeia. Os custos das operações florestais como silvicultura, colheita, logística, estradas, aumentaram consideravelmente. O preço da madeira subiu acima da inflação”, alertou.


Outro ponto destacado por Ricardo Malinovski diz respeito a biomassa para geração de energia. “Existe uma demanda grande do agronegócio por biomassa de florestas plantadas, mas não há madeira disponível para produzi-la, o que corrobora para o aumento dos preços. A tendência é que isto se intensifique, visto que não houve uma estratégia colocada em prática para aumentar o plantio há quatro, cinco anos. As indústrias de etanol de milho e secagem de grãos expandiram suas operações e a biomassa florestal é uma necessidade destes segmentos.”



Um dos destaques da programação no primeiro dia de HDOM Summit foi a palestra “Economia em Evolução: O que esperar para os próximos anos”, com o economista Ricardo Amorim. Segundo ele, os conflitos geopolíticos estão favorecendo o Brasil para investimentos internacionais. O economista lembrou que no ano da eleição mais polarizada da história do nosso país, 2022, o Real foi a moeda que teve a maior variação em direção ao Dólar, no mundo. E, em 2023, a tendência se manteve, com as moedas de países latino-americanos sendo as mais apreciadas. Segundo Ricardo Amorim, país grande, emergente e com risco geopolítico baixo, só tem um: o Brasil. E este é um cenário muito favorável para investimentos.


No segundo dia, oferecida pela Suzano, a palestra “Agro em foco: status e projeções do mercado no Brasil, com Marcos Jank, abriu a programação. Jank é engenheiro agrônomo por formação e também professor sênior e coordenador do Centro Insper Agro Global.

Para o CEO da Malinovski, Ricardo Malinovski, a mensagem que esta edição do HDOM Summit deixa é de articulação e união: “Na nossa avaliação final, entendemos que o setor deva trabalhar em pautas setoriais. As dores são as mesmas. Precisamos de união e investir energia em pautas setoriais de forma mais articulada”, conclui o organizador e promotor do evento.

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